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Bancos com as comissões mais baixas



Sabe quanto pesa o banco na sua carteira no final de um ano? Se pertence ao vasto clube de portugueses que não tem noção do valor que paga ao seu banco em comissões, aqui fica uma ideia: a factura total pode oscilar entre os 120 e os 578 euros, consoante o cliente opte pelos serviços da instituição mais barata ou pelo banco que cobra as comissões mais elevadas.
É certo que as comissões não devem ser o único factor a ter em conta na altura de escolher uma instituição financeira a quem confiar as suas poupanças e os seus créditos. No entanto, as diferenças entre os preçários cobrados pelas diversas instituições mostram que comparar as comissões poderá levá-lo a uma poupança anual na ordem dos 458 euros.
Esta é uma das conclusões a que o Diário Económico chegou quando analisou os preçários das dez maiores instituições financeiras a operar em Portugal. A saber: CGD, BCP, BES, BPI, Santander Totta, Montepio Geral, Crédito Agrícola, Banif, Barclays e Popular. A prospecção teve em conta as comissões cobradas ao balcão para um perfil-tipo de cliente: com uma conta à ordem com um saldo mensal no valor de 1.000 euros, 15 transferências interbancárias realizadas ao longo do ano no valor de 500 euros cada uma, a requisição de 20 cheques à ordem cruzados e a utilização de cartão de débito. O cabaz de serviços financeiros incluiu ainda 20 ordens de bolsa sobre acções nacionais no valor de 200 euros cada uma.
No conjunto destes serviços, o BPI, o Popular e o Banif foram as instituições que apresentaram um custo final mais baixo para o cliente: 120,13 euros, 148,5 euros e 218,21 euros, respectivamente. No entanto, os encargos totais podem disparar até aos 578 euros - valor cobrado pelo Santander Totta. Ainda assim, importa ressalvar que as comissões de ordens de bolsa - serviço que não estará entre os mais utilizados - são as principais responsáveis pela discrepância de encargos.
Se excluirmos do cabaz de produtos financeiros as comissões com operações de bolsa, as diferenças entre os valores cobrados são bem menores: oscilam entre os 48,5 euros anuais e os 158 euros. O Popular é o banco que apresenta a factura mais baixa (48,5 euros), seguido pela CGD (97, 01 euros) e pelo BPI (100,13 euros).
Outro ponto a ter em atenção é a escolha do canal onde se efectuam as operações. Regra geral, pedir cheques, fazer transferências ou dar ordens de bolsa pela internet fica bastante mais barato do que no balcão. Por exemplo: fazer 15 transferências bancárias ao balcão custa em média 54,87 euros. Se optar pela Internet, a factura cai 86% para os 7,68 euros. E há mesmo várias instituições que não cobram qualquer custo por este serviço ser for feito via online. Ainda assim é nas ordens de bolsa que mais compensa recorrer à internet. Contas feitas, em média, comprar e vender acções pela internet saiu 42% mais barato do que ao balcão.

Custos à lupa
- Contas à ordem: os custos de manutenção variam entre os zero euros cobrados pelo Banco Popular para o cliente-tipo e os 80 euros praticados no Barclays.
- Requisição de cheques: A CGD é a instituição que cobra um valor mais elevado ao balcão por 22 cheques cruzados à ordem (20,07 euros). Já o Montepio é o banco que menos cobra por 20 cheques (7,75 euros).
- Transferências interbancárias: Os encargos anuais pela realização de 15 transferências no valor de 500 euros cada uma oscila entre os 25,5 euros cobrados pelo Popular e os 78 euros previstos pelo Crédito Agrícola.
- Cartão de débito: Este foi o serviço financeiro onde foram encontradas menores diferenças. Os custos de anuidade oscilam os zero euros no BES e os 11 euros previstos no Santander Totta. Vários bancos (como o BCP, CGD, BES, Popular e Montepio) oferecem a primeira anuidade.
- Ordens de bolsa: Foi aqui que se encontraram as maiores disparidades de preçários. A maioria das instituições cobra uma percentagem sobre o valor da transacção. No conjunto das 20 ordens de bolsa - no montante de 200 euros cada uma - o BPI foi o banco que apresentou uma factura mais baixa (20 euros). Já os encargos mais elevados pertenceram ao Totta (420 euros).

As comissões praticadas ao balcão pelos 10 maiores bancos
CGD
No conjunto de cinco serviços analisados, a CGD é a segunda instituição que cobra uma comissão de manutenção mais baixa (19,24 euros). A requisição de 20 cheques por ano custa 20,07 euros e 15 transferências interbancárias custam 49,05 euros (ao balcão). Já as 20 ordens de bolsa ao balcão custam 200 euros por ano. No total, as comissões cobradas num ano atingem os: € 297
Millennium BCP
O BCP é um dos bancos que apresenta um custo total anual mais elevado. A comissão de manutenção de conta é de 72 euros. O custo de 20 cheques é de 11,54 euros. Já as 15 transferências ao balcão saldam-se em 50,55 euros. As 20 ordens de bolsa implicam um encargo de 240 euros ao fim de um ano. Mas o valor já inclui as comissões devidas à Euronext. No total, o custo é de : € 380
BES
Este banco isenta o pagamento da anuidade da maioria dos cartões de débito. No entanto, o custo de manutenção de conta é de 60 euros, a requisição de 20 cheques cifra-se no custo para o cliente de 12,25 euros e as 15 transferências interbancárias custam 56,25 euros. Já as 20 operações de bolsa dadas ao balcão pesam 104 euros na factura anual. Contas feitas, no final do ano, o cliente pagará em comissões: € 232
BPI
O banco liderado por Fernando Ulrich é uma das instituições que cobra menos pela requisição de 20 cheques (9,13 euros), pela anuidade do cartão de crédito (6 euros) e pelas 20 ordens de bolsa (apenas 20 euros). O custo com as transferências interbancárias é de 45 euros. No total, a factura anual com os cinco serviços cifra-se em: € 120
Santander Totta
Dos bancos analisados é aquele que tem a factura mais elevada. Prevê um encargo para a manutenção de conta de 59,80 euros, um custo de 11,95 euros com a requisição de cheques, e um custo de 75,6 euros com as transferências interbancárias. É também o banco com custos mais elevados para as operações em bolsa ao balcão: 420 euros anuais. Os encargos totais atingem os: € 578
Montepio Geral
Excluindo os custos com as operações em bolsa (que no caso do Montepio implicam um encargo anual de 200 euros), o banco está entre as quatro instituições com os preçários mais baixos. É o banco mais barato na requisição de cheques (7,75 euros), prevê um custo de manutenção de conta de 40 euros e um encargo de 48,75 euros para transferências . No total, a factura anual é de: € 305
Crédito Agrícola
No conjunto dos cinco serviços analisados, esta instituição é a quarta que apresenta um preçário mais reduzido. A comissão de manutenção de conta é de 30 euros, a requisição de 20 cheques custa dez euros, 15 transferências interbancárias implicam um gasto de 78 euros e as 20 ordens de bolsa ao balcão significam um encargo de 100 euros. Assim, no total, o cliente ao final de um ano pagaria: € 225
Banif
É a terceira instituição com as comissões mais baixas quando analisados os custos associados a cinco serviços. O banco prevê 25 euros de encargos com a manutenção de conta, 75 euros com as transferências interbancárias, 11 euros para a requisição de cheques. Fazer 20 operações de bolsa no valor de 200 euros cada uma implica um encargo anual de 100 euros. No total, o cliente pagaria: € 218
Barclays
O banco situa-se a meio da tabela quando analisados os custos associados a cinco serviços. Mas é a instituição que cobra um valor mais elevado de manutenção de conta (80 euros). Para a requisição de 25 cheques prevê um encargo de 12,26 euros, já para as transferências interbancárias o banco cobra 45 euros e o valor das 20 ordens de bolsa reflecte-se num custo de 100 euros. A factura total é de: € 244
Popular
O facto do cliente ter uma conta com um saldo mensal de 1.000 euros, tem uma vantagem: no Popular fica isento do pagamento da comissão de manutenção de conta. O banco é o segundo mais barato no conjunto dos cinco serviços: cobra 16 euros pela emissão de 20 cheques, 25,5
euros pelas 15 transferências interbancárias, sete euros pelo cartão de débito e 100 euros pelas operações de bolsa. A factura é de: € 148

Fonte: Diário Económico

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